Hoje por volta das 16 horas e 30 minutos, recebo um telefonema do meu pai:
- ´Tou! Olha, ´tás vestido? - pergunta-me ele.
- Não. - respondo-lhe.
- Então olha veste-te que vamos dar uma volta a um centro comercial e depois aproveitamos e compramos já as prendas, está bem?- questionou-me.
- Ok, pode ser. Depois quando chegares avisa, que eu desço logo, ok?
- Está bem, está bem. Vá um beijinho até já...
- Ok, vá até já, beijinho.
Desligo o telefone, visto-me, meto um pouco de gel no cabelo e desço.
Entro no carro do meu pai, dou-lhe um beijo na cara, pois ainda não o tinha visto hoje e ele vai-me perguntando algumas coisas, do género " - Então, o que é que estiveste a fazer hoje? ".
Senti que tinha de falar com ele sobre o divórcio e sobre tudo o que se estava a passar entre os meus pais, por isso comecei a falar. Falá-mos bastante, até mesmo, dentro do centro comercial. Quando o meu pai estacionou o carro perto da nossa casa, ficámos ainda a falar um pouco e eu disse-lhe que desse para onde desse, eu iria estar sempre a seu lado e que a minha mãe está a ser bastante injusta com ele e que agora sim percebo porque é que ela quer despachar isto o mais rapidamente possivel ( por causa do outro filho da p*** com quem ela anda ) e que só o facto do meu pai ( num ataque de nervos ) lhe ter chamado de vaca, fez logo com que ela assim do nada quisesse o divórcio, o meu pai diz também que a minha mãe estava apenas à espera duma situação destas para largar a "bomba" ( o facto de se querer divorciar ), e que daqui a algum tempo ainda aparece com o outro c***** aqui em casa, mas de uma coisa vos garanto se eu descobrir quem é o gajo, eu mato-o com as minhas próprias mãos, não estou a brincar...
Quando me apercebi de que o meu pai queria sair do carro para irmos para casa, perguntei-lhe se ele me dava um abraço, ele disse que sim, é claro que me dava. Nesse momento abraçou-me e sinto o meu pescoço a ficar molhado, quando olho para o meu pai, estava ele a chorar. Em 18 anos, nunca o tinha visto a chorar nem uma única vez, pois eu sempre pensei que ele era daqueles homens que se faziam de fortes e que não choravam, na volta era precisamente o contrário, está bem que o meu pai é humano e tem sentimentos, no entanto, nunca pensei que ele fosse capaz de chorar diante de mim. Dei-lhe a mão, limpei-lhe algumas lágrimas do seu rosto e encostei a minha cabeça ao seu braço direito e disse:
-Vá, não chores, eu sei que é difícil nesta altura, mas não te deixes ir abaixo, a minha mãe não merece que tu derrames nem uma única lágrima por ela, acredita... vá, sê forte, eu não te vou deixar sozinho, nunca, ok? Mesmo que tu saias de casa, eu vou ligar-te sempre todos os dias, ok? Vá, eu estou sempre contigo, ´tá? Gosto muito de ti...
- Eu também, filho- soluçou ele, abraçando-me novamente.
Neste momento, enquanto escrevo sinto uma enorme revolta dentro de mim, sinto-me revoltado com a minha mãe, por todas as porcarias que ela já fez e que vai continuar a fazer no futuro, disso eu tenho a certeza...
ODEIO-TE MÃE...ACABAS-TE DE DESTRUIR UMA VIDA...PARABÉNS QUANDO EU PENSAVA QUE NÃO TE PODIA ODIAR MAIS, CONSEGUES SEMPRE FAZER ALGO PARA QUE EU TE ODEIE AINDA MAIS!!!
XOXO e Bom-Natal ( ao menos ) para vocês ( já que o meu vai ser uma m**** )...
Familia é complicado, sinto muito pela separação de seus pais...
ResponderEliminarO mundo da voltas, quem sabe futuramente eles voltam....
Forte abraço!
obrigado pelo apoio Ro Fers, grande abraço para ti também.
ResponderEliminarNunca vivi com o meu pai, ele nunca fala comigo ou vem ter comigo, em 16 anos vi-o duas vezes, por isso não o sinto essencial, não sinto falta dele, para mim é como se nunca tivesse existido.
ResponderEliminarMas ao ler o teu post, sinto que falta algo em mim e sempre faltará, sempre faltará aquela figura masculina com que quase sempre nos identificamos.
Desejo-te uma boa sorte e que tudo se recomponha e apoia o teu pai, apoiem-se um ao outro.
obrigado pelo apoio Eric, e sim de facto compreendo o que sentes em relação ao teu pai, é sempre aquela cena...
ResponderEliminarAbraço e Bom Natal ;)